Mulheres ainda são exceção.
Ontem participei de uma mesa redonda no Sistema Secovi, representante do mercado imobiliário e condominial. A instituição está iniciando um centro de treinamento e foi inaugurado discutindo a questão das pessoas no ambiente de trabalho, em especial a mulher.
Participaram da discussão, Terezinha Pereira, secretária da Mulher de Maringá, e Carol Baccarin, consultora, empresária e que atua na defesa da mulher no ambiente do trabalho. Elas me deram uma aula sobre a vida da mulher no ambiente de trabalho.
Uma das questões que me chamou a atenção é o desconhecimento que se tem da condição de ser mulher. A maneira como o olhar machista se eleva sobre o ambiente de trabalho é considerado natural. Nos detalhes das falas e na condição em que as relações de trabalho se dão.
O evento contou com lideranças do setor imobiliário e condominial. Predominavam homens na plateia.
Precisamos falar mais sobre isso.
Em determinado momento percebemos o quanto esta discussão precisa ser levada em frente. Falamos pouco sobre um problema que é cotidiano. Poucas empresas tratam a questão da mulher com seriedade e geram dentro de sua organização e relação de trabalho uma política de defesa da igualdade de gênero.
A questão principal, na minha perspectiva, é como o mundo do trabalho é carregado de valores machistas. O quanto o que é cobrado das mulheres como se fosse seu destino é uma perspectiva de submissão e valorização da figura masculina. E isso, não é bom.
Mulheres não nasceram para o lar e o trabalho não é o complemento da vida masculina. A vida profissional para uma mulher não é uma exceção, é regra. Da mesma forma que consideramos que o sucesso de um homem no ambiente de trabalho é algo esperado, o de uma mulher também deve ser.