Quem poderá se destacar na disputa eleitoral do ano que vem quando se tem três nomes que devem monopolizar a corrida pelo Palácio do Planalto? Inegável que já tínhamos, caso tudo se confirme, uma disputa acirrada com pouco espaço para outro candidato, as pesquisas até aqui mostravam a polarização de intenções de voto.
Agora, nesta última quinta-feira, dia 11, o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro se declarou um possível candidato a presidência. Tudo indica que ele está no páreo. Ele pode ser o personagem de destaque na busca de uma “terceira via”. Se sua campanha ganhar musculatura, deve fechar com Bolsonaro e Lula um ambiente de protagonismo e colocar os demais pretendentes a presidência na condição de coadjuvantes.
Parodiando Tiago Valenciano, o comentarista do O Assunto é Política, na CBN Maringá, teremos uma disputa entre quem mandou prender (Moro), quem foi preso (Lula) e o ex-patrão de Moro (Bolsonaro). Todos têm rancores de todos e são inconciliáveis. Qual será o nível de uma disputa eleitoral entre estes três personagens?
Independente do resultado será uma disputa eleitoral singular. Com um ambiente tenso. Desdobramento imprevisível e com pouco espaço de conciliação e articulação. Este contexto deve deixar pouco espaço para coligações e alianças em um possível segundo turno, caso ocorra.
Vamos dizer que o céu começa a escurecer e as nuvens carregadas pronunciam tempestade. Se teremos bonança, o bom tempo depois de dias ruins, só as urnas dirão e o futuro da nação dirão. Mas, se prepare, o tempo vai fechar.