Olhamos o calendário e...
Enfim, o fim do ano. Mas, por que temos medidas de começo e fim? Precisamos de uma data para colocar a medida da vida. O tempo é contínuo, no fundo, segue. Como ficaria a memória sem os pontos que marcam “começos” e “fins”? Eles nos interessam.
A quantificação da vida tem um significado qualitativo. Como saber o quanto foi bom ou ruim sem dar um volume ao que se avalia. Um momento da vida precisa de começo e fim. Sem ter tempo medido, comparar a si mesmo entre um ponto e outro seria impossível.
Contudo, sempre é bom lembrar, a vida é uma continuidade e não uma ruptura. Podemos rever, refazer, romper com pessoas e reencontrar significados em antigas relações, mas não podemos nos desfazer de nós mesmos.
O passado é ingrediente de sabor do presente e do futuro
Por mais que existe um começo, meio e fim, ela segue. A finalidade de nossa existência vai prosseguir, e a de muitos continuaram além de nós.
Por isso, é bom aceitar, o tempo passa e a memória fica. A vida segue, mas ela é o sentido construído com o tempo, com mudanças ou não.
Não tenha medo, meça a vida, mas lhe dê um propósito para ter uma régua e ter um sentido. Viver sem propósito é percorrer o tempo e passar sem saber se o fim e o começo valeram a pena.
Logo, desejo a você que no Ano Novo seja a continuidade do que se busca e a medida de estar mais próximo do que se deseja.
Porém, lembre-se, precisamos sempre de um propósito. Que ele esteja com você a todo o momento, em todo o tempo, e a cada ano que passa. Feliz Ano Novo!