Errar é humano, sim. Contudo, não é a finalidade do que fazemos. Não vivemos para errar. O acerto é quase sempre o resultado de muitos erros. Difícil alguém que nunca errou.
Errar é a condição fundamental para o aprendizado. Errando que se aprende. Por isso, maravilhoso quem admite seus erros. Triste quem nunca os assume e ainda busca transferir para os “ombros” dos outros suas falhas e equívocos.
Vivemos a idolatria da perfeição do que não existe como condição humana. As coisas podem ter seu “ar” de perfeição, mas o ser humano não. Somos feitos de erros, da construção eterna das possibilidades de superação.
Se existe superação existe algo a se aprender, sempre.
Esta condição me lembra uma música de Toquinho, Errar é Humano, que vale a pena lembrar um trecho da letra...
Não, não é vergonha, não
Ser da turma sempre o mais gordinho
Ter pernas tortas, ser baixinho ou grandalhão
Não, não é vergonha, não
Diferenças nunca são defeitos, não existe a perfeição
A vida irá, você vai ver
Aos poucos te ensinando
Que o certo você vai saber
Errando, errando, errando
Não, não é vergonha, não
Aprender a andar de bicicleta
Se escorando em outra mão
Não, não é vergonha, não
Precisar de alguém que ajude
A refazer sua lição
Não, não é vergonha, não
Diferenças nunca são defeitos, não existe a perfeição
Para ouvir a música completa:
https://www.youtube.com/watch?v=hFdx4fbN9_Q
A questão fundamental é se queremos continuar errando ou se nossos erros são resultado de tentativas. O que fazemos com nossos erros, aprendemos, revemos, repensamos. Se fazemos isso, no final amadurecemos, e isto é o mais certo a ser feito. A maturidade nos faz errar menos.
Mesmo que depois de um bom tempo continuamos errando, isso nos dá uma tranquilidade de se estar avançando. Sempre se associa o progresso em uma jornada com os acertos, mas os erros, tropeços, são sinais de que descobrimos por tentar o que pode e não se pode fazer.