Me diga quanto ganhas e te direi onde pode morar
Vários fatores podem determinar o crescimento da população de uma cidade. Um deles é o perfil socioeconômico que a cidade consolida ao longo do tempo.
Cidades de tamanho grande ou médio com uma renda e custo de vida elevados, o que nem sempre ocorre naturalmente, gera restrições de forma geral a acesso a produtos e serviços. Logo, certas cidades não podem ser habitadas por qualquer pessoa.
O mercado imobiliário em algumas cidades é um dos elementos econômicos determinantes nos desdobramentos das políticas de ocupação urbana. Acaba por direcionar o rumo de ambientes e serviços públicos.
Quem está em volta cresce e no centro diminui
No Paraná, três cidades servem de exemplo, Maringá, Londrina e Curitiba. As três tiveram perda de população enquanto as cidades de seu entorno tiveram aumento significativo.
Viver ao redor significa trabalhar e não morar na cidade de melhor custo de vida.
Este não é um fenômeno exclusivamente regional, é uma tendência nacional, quando se fala de cidades de melhor renda e porte grande e médio.
Uma tendência mundial
No mundo a uma tendência da redução de população em ambientes de maior valorização. A riqueza não se propaga na mesma proporção que a população.
Os processos migratórios que assistimos no mundo, em grande parte, é a população de menor renda a procura do paraíso, do Eldorado, o sonho de uma vida melhor.
Esta população de migrantes vive a margem do ambiente de melhor renda, busca sobreviver de uma participação direta ou indireta através do trabalho e sem ter os serviços que a sede metropolitana pode oferecer, alguns deles, pelo custo, restrito aos moradores.