Estados dificultam dados sobre a violência contra a mulher
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Estados dificultam dados sobre a violência contra a mulher

Por Gilson Aguiar em 13/03/2023 - 09:00

Ninguém toma uma atitude assertiva sem ter informação. Esse papo de “senso comum” enche o saco.

Quando vamos discutir temas relevantes a sociedade, saber do que se está falando é fundamental. Hoje, as pessoas abandonam a estatística, os fatos observados, investigados e fundamentados, preferem o “achômetro”.

O Brasil pena com a desinformação. E fique surpreso, os Estados acabam sendo grandes responsáveis por isso.

O Distrito Federal e 18 estados não forneceram os dados sobre a violência contra a mulher que são um direito do cidadão pela Leia de Acesso a Informação (LAI).

Os dados fazem parte do mapeamento do Observatório da Mulher Contra a Violência, do Senado Federal e também da empresa social Gênero Humano e do Instituto Avon.

Fora isso, interessa muito a população ter uma dimensão o mais precisa possível sobre o tema. Condição fundamental para se fazer uma política integrada, respaldada por medidas do Congresso Nacional e do Poder Executivo.

Sem dados não há ação.

Entre os estados que entregaram os dados parcialmente está o Paraná. Contudo, a Agência Brasil, que fez a denúncia, não houve resposta dos Estados sobre a falha na informação ou  a negativo no envio dos dados.

Se queremos resolver as questões que envolvem o país, temos que ter um levantamento preciso de informações. Os números do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são fundamentais.

Há vezes, me parece, que as pessoas têm medo da verdade. Governos temem a exposição de dados. Há um comportamento combinado e de convergência para que números de violência não venham à tona. E quanto eles vêm, são distorcidos.

Por exemplo, percebe-se isso nas empresas. Um local pequeno, onde a condição da mulher está exposta diariamente com seus colegas de trabalho. Veja que incrível, há uma resistência no levantamento de dados sobre as condições destas mulheres na vida pessoal e profissional.

Não se pode esquecer o quanto a violência interfere na carreira e no desempenho das profissionais.

Mas, se tem medo da verdade. A pergunta é, POR QUÊ?

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