Temos nos perguntado se o momento que estamos atravessando em relação a pandemia é tão preocupante quanto os que vivemos em 2020 e 2021. Os números de contaminados pela Covid-19 é recorde, nas últimas 24 horas chegou, no Brasil, a 168.060 em 24 horas. A média móvel ultrapassou os 110 mil casos. Um aumento de 373% em relação a 14 dias.
Porém, não temos um número de mortes próximo dos piores dias que vivemos no ano passado, nas últimas 24 horas foram 237. O que demonstra que a variante Ômicron é mais infecciosa, mas em um ambiente de maior proteção da população.
Uma pesquisa feito Centro para o Controle de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, fez um levantamento com milhares de pessoas com mais de 20% da população acima de 18 anos. Dívidas em quatro grupos, vacinados que não pegaram a doença, vacinados que foram contaminados, contaminados que não se vacinaram e pessoas que nem foram imunizadas e nem pegaram a doença.
O resultado é de que a associação entre contaminação e vacina reforça a proteção. Demonstrando que há um aumento de anticorpos quando as duas situações estão associadas. Logo, a conclusão do CDC é de que a pandemia com a nova variante vai contaminar mais e fazer menos vítimas. Deixando os sintomas parecidos com uma gripe.
Viver uma pandemia, esta no meio do acontecimento, limita nossa capacidade de um olhar mais assertivo e sistêmico. Somos contaminados pelo ambiente que o impacto dos fatos gera e olhamos a situação com parcialidade. Os dados científicos, por mais que também trabalham com hipóteses novas e dificuldade de comprovações mais substanciais, ainda são nosso maior suporte.
Acredito que o final da pandemia tem mesmo este ambiente. O vírus é “inteligente”, ele é um mutante, o ser humano também é. Criamos nossas próprias mutações para poder enfrentar os dilemas que a natureza nos impõe. Aprendemos com isso, melhoramos, nos aprimoramos e estamos prontos para um novo desafio.
Diria que esta é o êxtase de viver a história. Estamos em daqueles momentos que ficaram registrados como um dos grandes acontecimentos da história das pandemias. Porém, nada que se compare a Peste Negra e Febre Amarela. Somos mais eficientes e temos meios mais inteligentes de enfrentar o problema. A história não se repete, ela nos faz mais experientes e melhores para lidar com os problemas, desde que estejamos dispostos a aprender a lição que o passado nos dá.