Não há empresa sem lucro
O lucro está no DNA das empresas capitalistas. E dizer isso não é pecado e nem coisa de comunista, como as mentes mais curtas. Isso é a essência da condição do porquê há investimentos na prestação de um serviço ou na produção de bem de consumo. Como se diz, ao falarmos das empresas e da busca do lucro, “estamos aqui para isso”.
Mas, a ética, tem lugar nas empresas? Tem, mas não é da natureza do empreendimento, como falamos do lucro. Ética é escolha. É a ação na busca de um sentido e um valor. É relação de compromisso com o que vai além do interesse pessoal e imediato dos beneficiados com o empreendimento.
A conciliação destas duas condições é prática árdua. Não é tarefa fácil. Por isso, a maioria das empresas gostam de serem chamadas de éticas, mas preferem mesmo é ficar com o lucro a qualquer preço. E se puderem aumentar os ganhos, repensam rapidamente nas atitudes éticas.
Um fator que não se pode deixar de levar em consideração é o ambiente cultura onde as empresas são organizadas. A intenção conta na hora de se abrir iniciar um empreendimento e durante a sua existência. E no Brasil há uma herança cultural perniciosa com vários aspectos nocivos dentro do ambiente corporativo.
O Brasil não vai bem na ética e compromete o lucro
Não por acaso, empresas brasileiras raramente aparecem entre as empresas mais éticas no mundo.
Uma lista das empresas mais responsáveis ética e ambientalmente no mundo foi feita pelo Instituto Ethisphere. São 135 empresas, em 19 países e 36 setores. No Brasil, nenhuma empresa está na lista. Mesmo a Natura, que já esteve 12 vezes, não aparece.
O país com o maior número de empresas são Estados Unidos, Canadá e Irlanda. Na América Latina aprecem empresas do México, Guatemala e Equador.
Precisamos discutir mais sobre os nossos princípios e qual o preço que pagamos para ter o lucro que desejamos. Empresas são feitas por pessoas e elas são o bem e o mal de um empreendimento. E isso, pode impactar no tão desejado lucro que se espera.