O país tem um futuro incerto. Parte considerável dos jovens brasileiros não tem qualificação e não conseguem estabilidade no mercado de trabalho por falta de um currículo substancial em relação ao aprimoramento profissional. 18% dos brasileiros em condições de trabalho tem qualificação. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Este é um sinal de que o futuro não é promissor. Teremos dificuldade de investimento e aprimoramento da produção por falta de trabalhadores com condição de produção e inovação com equipamentos avançados. Nossa competitividade reduz. Em alguns setores inviabiliza a produção. Nos falta quem sabe fazer com qualidade. Aqueles que fazem falta na hora de aprimorar o processo produtivo para atender o mercado de forma eficiente.
A desqualificação também é sentida no dia a dia. Temos limitações no atendimento de nossas necessidades exatamente porque estamos vivendo com a desqualificação. Podemos ter serviços e produtos com melhor qualidade e mais adequados se tivermos capacidade de produzi-los. Não podemos desperdiçar as oportunidades que temos de educação para o trabalho.
Temos que defender a multiplicação do ensino técnico. Antes disso, temos que incentivar os jovens a se qualificarem, a desejarem o aprimoramento. Entender que sem esta qualificação o mercado não abrir as portas com as melhores oportunidades. O que surge como emprego para os desqualificados representa baixos salários e incerteza de permanecer em uma empresa. Uma carreira instável pode eliminar o futuro.
Para concluir, considero que o futuro tem que ser pensado de forma séria. Ele chega. Não podemos desconsiderar as consequências de não nos prepararmos para ter competência de atuar de forma eficiente no mercado. Não adianta considerarmos que o trabalho se faz trabalhando. A experiência é fundamental, mas querer inovar, mudar, fazer diferente, ser melhor, é fundamental.
Por isso, o futuro é um lugar que se quer chegar. Temos que buscar incessantemente nossa meta. Porém, saber onde se quer chegar é fundamental. Isto tem que estar em primeiro lugar. Traçar um caminho e fazer com que ele seja escrito com atos no presente. Não desviar. Mesmo que na sociedade atual o que não falta são oportunidades de fugirmos do sucesso no futuro. Mas quando ele chega, percebemos o quanto deixamos o nosso sucesso pelo caminho.