Infantilidade que contamina
Imagem ilustrativa Pixabay/Domínio Público

opinião

Infantilidade que contamina

Por Gilson Aguiar em 13/12/2019 - 10:00

Os números do sarampo no Paraná preocupam, são 594 casos. Números divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) tem a maioria deles, 536. Outros casos estão espalhados em 16 cidades do interior. 

A maioria dos que têm a doença estão entre 20 a 29 anos. Jovens que herdaram a irresponsabilidade de não serem vacinados. A ideia descabida de que a vacina é um mal e não um bem. Daqueles que apostam em medicinas alternativas sem fundamento. Os que pegam a exceção pela regra. Paga-se um preço por isso, o que estamos fazendo agora. Tendo que cuidar de pessoas que poderiam estar imunizadas.

Porém, onde repousa a infantilidade do adulto que assume como verdade uma falácia ou distorce informações? Vivemos tempos de uma infantilidade no tratamento dos fatos. Construímos discursos, lógicas absurdas, da chamada “teoria da conspiração”. As lógicas fantasiosas de um terrorismo que se coloca como “ameaça” em atos obscuros que podem, em alguns casos, pela crença no absurdo, dizimar a humanidade.

Os adeptos da “bobagem” cresce. Tem inúmeros seguidores nas redes sociais, nas informações alucinantes na internet. Os desdobramentos com os meios de comunicação digitais são imensos. Atingem um número cada vez maior de pessoas desinformadas. E esta é a principal doença, a desinformação, a ignorância em relação a verdade.

Temos uma população com pouco conhecimento adquirido tanto nos bancos das escolas como no dia a dia. A superficialidade do que propagamos gera falta de conteúdo para lidar com os problemas de forma coerente. Falta consciência fundada em ciência. É nestas horas que a escola poderia ajudar na saúde do corpo. Dando formação para evitar a distorção e a desinformação. 

Adultos infantis mal informados são um perigo. Legalmente tem autonomia, procriam e não criam. Quando tem a condição de “responsável” legal sobre outro ser humano demonstra toda a sua fragilidade mental e demonstra que cognitivamente está no mesmo nível daquele que deveria educar e orientar. 

 

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