A inconciliável permanência da segurança com a liberdade
Liberdade e segurança, quem não desejaria de ter este casamento. O ser humano livre e com a possibilidade de fazer escolhas, de expressar suas vontades, de agir como deseja na busca do que quer. O cheiro da liberdade é bom.
Porém, a proteção da segurança, a certeza de que nada de mal vai acontecer. A vontade de manter o que conquistamos e não colocar a perder o que temos. Maravilhosa sensação de ver repetir as coisas boas, manter a eterna satisfação de uma vida que se tem. Também, não correr os riscos.
Seria possível então, sentir o sabor da aventura de ser livre, o gosto da busca de uma vida melhor, com a sensação de que tudo dará certo na jornada que traçamos e nos propomos a fazer? Seria possível fazer um voo livre e seguro para um lugar na busca de algo novo?
Sem liberdade nada se aprende
Mesmo no aprendizado que esta vida nos dá, será possível se tornar um homem experiente sem nenhuma experiência nessa vida? Sem nada ter feito? Ficar em nosso casulo protetor e ao mesmo tempo desejar os louros da sobrevivência calejada de uma luta que poucos ousam fazer e, menos ainda, sobrevivem a ela?
Não, não é possível. Não há casamento entre liberdade e segurança.
Se estamos condenados a liberdade, como afirma Jean-Paul Sartre, menos ainda temos uma escolha nas mãos, liberdade ou segurança. A primeira é um decreto que faz da segunda um ato de covardia. Acredito que assim, com esta afirmação, as coisas ficam mais claras.