Liberdade não é birra golpista
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Liberdade não é birra golpista

Por Gilson Aguiar em 09/01/2023 - 08:40

Ontem o país viveu a expressão extrema de uma tendência mundial. A formação de grupos extremistas que consideram a democracia superada e exaltam a liberdade. Na infantilidade de seus atos, os radicais mostram a limitação que tem da compreensão da realidade. Diante de sua limitada percepção lógica e ideológica usam da violência como forma de expressão.

A pobreza política, foi isso que vimos na invasão do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Pessoas que não tem mérito ou merecimento como portadores de uma posição política, não conseguem se organizar obedecendo a lei, agem como crianças. Se não conseguem o poder pela representatividade, preferem tomá-lo de assalto pela violência.

Não há inteligência no que vimos ontem em Brasília. Quem se presta a estas ações não são agentes de mudança, não estão construindo nada e não tem um projeto de sociedade. São o resultado de sua limitação enquanto seres humanos. Não há nada de elevado nestes atos. São baixos.

O que reivindicam não se sustenta. Acabam sendo massa de manobra dos verdadeiros líderes destas manifestações que se escondem por de trás do dinheiro que patrocina os atos de vandalismo. A covardia de agir usando de uma massa empobrecida que vive nas angústias de sua particularidade como referência para tudo o que fazem.

Ontem, me lembrei do efeito manada, do bando, daqueles que seguem o caminho da violência por considerarem que é a forma de darem vida a morte de sua própria existência sem propósito. Infelizmente, tem crescido no mundo hoje um empobrecimento da existência e uma inflamação da lógica simplista. A visão complexa do mundo está se perdendo como referência por uma parte da sociedade.

Esta ação de vandalismo que assistimos em Brasília, no dia 07 de janeiro de 2023, deve ser reprimida, punida e superada com sobriedade. Se queremos a paz, não podemos declarar a guerra aos que se expressam como “cães raivosos”. Temos que demonstrar que as instituições funcionam e que a lei é para todos, principalmente para aqueles que consideram que estão acima delas. 

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