A liberdade nos custa. Ela não se explica ou simplifica pela simples expressão dos nossos desejos. Estamos em uma relação direta com outras pessoas e precisamos respeitar a existência do outro.
O que não se percebe é que só há valor a liberdade na existência de uma coletividade onde ela pode ser exercida. A liberdade só é valor a um ser humano onde outros vivem e convivem com ele.
Não se pode ter a ilusão de que a liberdade se dá pela realização do que desejo sem considerar os efeitos que minhas ações geram nas demais pessoas. E isso, ou aprendemos a ter ou nunca poderemos ser realmente livres.
Vivemos agora tempos difíceis na convivência em um ambiente democrático. Onde a liberdade deve imperar como condição fundamental de nossa existência, princípio primeiro da preservação da convivência com as diferenças, nós estamos defendendo o extermínio do oposto, da oposição, daquele que nos é contrário.
Nos últimos anos tem ficado cada vez mais nítido a luta por cercear a liberdade alheia. Isso não pode ocorrer. O que não significa da as pessoas o direito de falarem o que querem na hora que bem entenderem.
Liberdade deve ser tratada com responsabilidade. O ato de escolha vem a acompanhado com assumir as consequências do que se fez e porque se faz. Disto nós não podemos abrir mão.