O peso das críticas sobre quem lidera
Assumir um cargo de liderança é colocar-se na linha de frente das críticas. Muitas vezes, essas críticas são negativas e atribuem ao líder as consequências desastrosas de decisões tomadas. O chefe ou gestor é facilmente rotulado como carrasco quando exige além do que os outros acreditam poder oferecer.
A responsabilidade não é exclusiva do líder
Mas será que o peso do fracasso recai apenas sobre o líder? Quem conduz um grupo, seja em um empreendimento, em busca de resultados ou na resolução de problemas, naturalmente será o primeiro responsabilizado quando algo dá errado. No entanto, o trabalho é coletivo. O sucesso ou o fracasso de um processo depende também da participação – ou da omissão – dos demais envolvidos.
A complexidade além da hierarquia
O erro no trabalho, na produção ou na execução de tarefas cotidianas não pode ser visto apenas como resultado da relação “mandar e obedecer”. A liderança vai muito além de hierarquia, organogramas e descrições de funções. Existe um campo complexo de interações humanas que influencia diretamente o desempenho da equipe.
O mito do “cada um faz a sua parte”
A ideia de que basta cada indivíduo cumprir sua função para que tudo se encaixe como em um quebra-cabeça é ilusória. As relações humanas não são lineares. Lidamos com pessoas contraditórias, que guardam rancores, que têm interesses particulares e intenções que nem sempre se alinham às do grupo.
Conflitos de interesses: a realidade do convívio humano
Nos ambientes de trabalho, os conflitos de interesses são constantes e inevitáveis. É isso que torna a liderança ainda mais desafiadora: além de lidar com cobranças e responsabilidades próprias, o líder precisa administrar as expectativas, os desejos e as contradições de sua equipe.
O papel da ética na liderança
Diante dessa realidade, o conhecimento mútuo se torna essencial. Mais do que processos e metas, o que sustenta uma organização são valores compartilhados e respeitados por todos. A ética é a base dessas relações: trata-se de agir com respeito, cultivar princípios de convivência e não se submeter a tudo em nome da hierarquia.
Conclusão: a liderança como exercício de valores
Liderar pessoas não é apenas conduzir processos, mas sim orientar ações a partir de valores elevados. A ética deve ser o guia de cada decisão e comportamento. O líder precisa ter esse compromisso, mas também todos os membros da organização. Afinal, sem ética e respeito mútuo, não há liderança capaz de prosperar.