Lula, Bolsonaro ou o pedinte?
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Lula, Bolsonaro ou o pedinte?

Por Gilson Aguiar em 25/07/2022 - 08:25

Você pode se sentir atraído pelo título pensando que farei a defesa de algum candidato a presidência da república. O ex-presidente Lula, o atual presidente Jair Bolsonaro, a senadora Simone Tebet ou quem sabe Ciro Gomes. Não, esta conversa é apenas uma reflexão.

Quantas vezes você já parou em um semáforo, com seu carro ou motocicleta, andando pela calçada, indo e vindo de algum lugar, e foi abordado por um pedinte? Acredito que inúmeras vezes.

Quando abordado, devem ter te pedido ajuda. Um trocado, 2, 5, 10 reais. Independente da quantia, você ficou entre ajudar ou não. Alguns foram dramáticos e contaram o porquê pediam, independente se verdade ou mentia. Há até os sinceros que te falaram que queria o dinheiro para consumir droga lícita ou ilícita, assumiam sua dependência, seu vício.

Você pode ter ajudado, ter cedido, dado o dinheiro. Pode ter negado, arrumado uma desculpa, tendo na mente que ajudar não vai resolver. Vai apenas remediar o problema, dar ao pedinte mais um dia.

E, talvez, quem sabe, quantos dias ele já vem sobrevivendo de doação em doação. Talvez, até, tenha parado de arrumar uma outra solução, afinal de doação em doação, ele já construiu uma “profissão”.

O cidadão na hora de votar está nos dois lados desta questão. Ele tem horas que vive das migalhas e nunca busca uma solução. Viver de pedido em pedido até esperar o fim da vida e vive-la do que a sorte lhe reserva nos semáforos e calçadas.

O cidadão pode ser também o que se vê doando o dinheiro ou não. Na hora de votar, entrega seu voto ao pedinte da vez, o que sentiu mais sinceridade, e sabe que escolhendo esta forma nunca resolverá a solução. Deveríamos apostar mais em um projeto de vida do que simplesmente escolher para quem vamos entregar o nosso voto.

Por isso, doe seu dinheiro a uma instituição séria e que se disponha a agir com projetos sólidos para solucionar problemas. E busque uma solução definitiva para os nossos problemas e não viver de migalhas doadas com prazo de validade que nos deixam sequestrados e em busca da próxima doação.

Pense nisso.

 

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