Estamos com um aumento das pessoas abaixo da linha da pobreza. O maior, desde o início do levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012. São 2 milhões de paranaenses na pobreza, ou seja, 17,3% e 429 mil estão na extrema pobreza, 3,7%, 286 mil paranaenses engrossaram estes números entre 2020 e 2021.
As mulheres são as que mais sofrem, elas tiveram uma perda de rendimento de 5,7%, os homens 5,3%.
A percepção das pessoas em condição de risco está nas ruas. O número de pedintes aumento consideravelmente. Moradores de rua também é um bom termómetro de como a desigualdade se acentuou. Esta é uma condição que se estende por todo o país.
Há a necessidade urgente de uma ação de combate a pobreza no país de forma permanente. A filantropia é prática que se faz e não é a resposta definitiva, é preciso investir em condições estruturais para romper com esta condição e reduzir a desigualdade.
Qualificar as pessoas melhora o rendimento e gera consumo de bens e serviços. Para isso, precisamos melhorar o potencial produtivo. Uma sociedade de melhor renda gera um aquecimento do mercado interno, maior segurança, estabilidade das condições econômicas, menos incertezas.
Melhor rendimento permite uma menor dependência dos serviços do Estado, aumenta a arrecadação e permite mais investimentos pelo poder público em áreas prioritárias. É preciso agir e promover uma melhora em cadeia em toda a economia. Logo, temos que combater a miséria.