A mudança que estamos vivendo não é uma escolha. Ela é uma imposição que exige de nós capacidade de assimilação e sentido. Sabemos de onde viemos, onde estamos e para onde vamos? Temos a capacidade de compreender que o sentido da mudança depende de fatores que vão além de nossas escolhas?
Este discurso de “novo normal” não se sustenta somente na positividade das mudanças que a pandemia exige. Não sairemos desta condição mais conscientes e preocupados com a preservação da vida de maneira determinante. Vamos ter experiências distintas, fundadas nas experiências que tivemos e nos sentidos que damos a nossa condição.
Há uma realidade comum, econômica principalmente. Nossa condição social pode ser variada e ter uma percepção subjetiva. Muitas de nossas reações vêm desta particularidade. Do que consideramos fundamental para o cotidiano e a vida que levamos.
O ser humano não é tão previsível, porém, nem tão surpreendente. Temos capacidade de criatividade, mas há que se ter interesse em criar algo novo e surpreender. Nosso modelo de convivência se impregna ao longo do tempo e nos coloca prioridades que podem ser fruto de uma compreensão e interesses amplos ou buscas mesquinhas.
Logo, a mudança está em curso, vai atingir a todos, mas nem todos da mesma forma. Há que se considerar que o que é fundamental para uns pode ser desprezível para outros. Não pense que as transformações são padrões que atingem todos os seres humanos. A pequenez do ato se associa a limitação que constrói ao longo do tempo o que se resume em um momento. A lucidez do comportamento segue a mesma lógica no sentido inverso.