A pandemia ainda está por aí. Mas ela já começa a demonstrar um pouco do que vai deixar de legado em vários aspectos. Um deles é sobre a questão demográfica e a aceleração do envelhecimento da população.
Durante a pandemia reduziu o número de nascimentos em relação a mortalidade. No Paraná não foi diferente. No primeiro semestre deste ano, segundo dados da Transparência do Registro Civil em conjunto com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram 71.755 nascimentos e 58.096 mortes.
A tendência não é nova e o planeta está cada vez mais povoados por vovôs. A população mundial de pessoas com mais de 65 anos é de 705 milhões enquanto a de crianças de 0 a 4 anos é de 680 milhões. Os dados são de 2019 e a fonte é a Organização das Nações Unidas (ONU).
Talvez não estejamos ficando atentos de o prolongamento da vida vai alterar o conceito de viver. Onde estará o momento da produtividade populacional. Também não estamos atentos a condição humana em relação a composição familiar, a qual vai se alterar muito nas próximas décadas.
Se fala muito da manutenção econômica das pessoas com o envelhecimento da população. Possivelmente a tecnologia, em especial a Inteligência Artificial, venha a nos ajudar neste sentido. O mundo assiste nos últimos 30 anos uma queda da taxa de natalidade mundial, hoje está em 2,41 por mulher. Mas em países mais pobres, esta taxa pode chegar a 4,5.
A juventude empobrece de inúmeras formas, inclusive os mais pobres serão os mais jovens no planeta. As nações mais ricas estão envelhecendo. Um impasse que deve repousar em nossa mente e que agora na pandemia acelerou. A ameaça da morte coloca os pobres a se multiplicarem e os ricos a prolongarem sua velhice.
Logo, não podemos negar que há uma mudança de conceito do que há décadas era consideram um jargão, os jovens não representam mais o amanhã, o futuro é dos idosos.