O amor é sempre o que nos falta
Em tempos de muitos espelhos nos diversos ambientes, os seres humanos estão sempre em busca de si mesmo nos outros. Por isso, tem se tornado cada vez mais difícil definir o que é o amor.
Platão considera que o amor é a expressão da falta. Só conseguimos amar o que não temos. Para o pensador grego, depois de conquistado o que tanto desejamos, amamos, deixamos de amar. Não por acaso, o desejo é a ausência e quem deseja não é feliz com a vida que tem.
Porém, acredito que o que estamos vivendo hoje não é amor, mas apenas a necessidade constante de desejar alguma coisa. Logo, o amor é sentimento efêmero. Não é a busca de completar o que falta e sim se sentir útil com a busca de alguma coisa nova.
O que desejamos é um vazio que nos explica
Mesmo os que dizem amar, apenas querem manter o sentimento e não podem ser avaliados pela medida do que os falta, por aquilo que não tem.
Na prática, o que desejo afirmar é que a ausência de algo sempre demonstrou os valores de quem deseja. Por isso, os “amores” superficiais ou superflos, são a demonstração da busca de quem os tem.
Enfim, se podemos conhecer as pessoas pelos seus atos, também podemos conhecê-las pelos seus desejos. E, se os desejos são superficiais, o que esperar de quem os tem?