Às vezes me pego pensando naquela frase, “O dinheiro não traz felicidade.”. Bom, o dinheiro não traz nada. O dinheiro não é o mal. O nosso mal somos nós mesmos que, por uma questão de sermos humanos. Dinheiro viabiliza coisas humanas, vontades humanas.
O dinheiro permite que se materialize nossos desejos. Se temos pouca grana, os desejos satisfeitos são mínimos. Se temos muito, podemos satisfazer em maior quantidade. Aí, a questão fundamental é, quais são as escalas de desejos que temos, o que nos é prioridade?
Quando podemos satisfazer nossos desejos sem limites, o limite de nossos desejos são a capacidade que temos de colocar um freio, moral ou ético. Se a moral e a ética é algo que preservamos por causa dos outros e não por que acreditamos como sentido de vida, mesmo assim, mesmo nesta hora, ainda podemos fazer as coisas escondidas. O dinheiro compra a aparência.
Você pode me afirmar, “o dinheiro não compra tudo”. Sim, diretamente ele não compra tudo, mas o que nos interessa tem sempre um preço que, muito ou pouco, bem ou mal, está monetizado. Aquela história, pode não se vender, mas, dá para discutir o valor.
Logo, vamos voltar ao começo desta conversa, o dinheiro traz felicidade? A resposta é, a felicidade que está a venda, como bens de satisfação intensa, imediata e de curta duração, marcada pelo êxtase das sensações aparentes, a resposta é sim.
Há outra felicidade que o dinheiro não compra? Podemos dizer que, o sentido de existência que vá além do imediato. Como afirma Sócrates, a verdade que habita dentro de nós, esta não tem preço pois, perdê-la é a própria morte, mesmo que estejamos vivos.