Dizem que o mundo é feito de oportunidades. Contudo, existem as escolhas. Nem sempre o que escolhemos é uma oportunidade que construímos. Vivemos a noção do imediato e não consideramos que os atos que temos hoje são, efetivamente, os construtores de oportunidades, ou não, do amanhã. Logo, vai se engolindo a vida em um fôlego de cada vez em uma jornada sem sentido. Se a oportunidade aparecer, desta forma, é fruto do acaso.
Então, temos que diferenciar oportunidade de escolhas. Em determinados momentos, nós como cidadãos, estamos fazendo nossas escolhas. Este é um exercício da democracia. Porém, há uma diferença nas oportunidades que a cidadania gera e as obrigações do cidadão.
Chamo a atenção para a vida que se constrói e as oportunidades que viver oferece. Não é uma questão de “sorte”. Mesmo que a tenhamos, ela não está disponível a quem não atende os seus pré-requisitos. Para ter sorte é preciso estar no lugar certo e na hora certa.
Se torna necessário construir as nossas oportunidades. E para isso, não se pode simplesmente levar a vida e deixá-la à própria sorte. Tomar as rédeas de nossa existência, este é o ato necessário. Colocar nossa condução no caminho que estamos trilhando. Mudar o rumo quando acharmos necessário. Ter a responsabilidade pelos desvios e encruzilhadas. Saber de onde se partiu e para onde se quer chegar.
Se fizemos este ato, de assumir a autoria de nossa vida, acabamos com os discursos de inocência. Estes que todos os dias justificam o que não fizemos por escolha. As falas de que nosso fracasso é fruto de imposição. Não é resultado de nossa covardia. Concluindo que assim, não tivemos oportunidades na vida.