Somos nossas ações, empresas que o digam.

Uma empresa pode ficar marcada por uma tragédia ambiental? Pode, e o preço não é baixo. Dependendo da dimensão do estrago feito, as consequências podem ser irreversíveis por várias gerações. Fica registrado na História o mal que se fez.

Mineradoras no Brasil tem ficado marcadas como agentes de desastres ambientais, Samarco e o desastre na barragem em Mariana e a Vale em Brumadinho. Agora, estamos assistindo o drama de moradores do Bairro Mutange, em Maceió, Alagoas, por causa de uma mina de Sal explorada pela Brasken.

Empresas são agentes de contribuição direta para impactos ambientais e sociais. Claro que o que expomos acima são desastres de grandes proporções e causados por grandes empresas. Porém, todos os dias empresas causam efeitos ambientais.

O problema está mais perto do que imaginamos...

Recentemente assisti no noticiário na TV um caminhão de uma empresa despejar lixo em terreno baldio. Por estar ali, exposto o veículo da empresa em uma ação de agressão, a marca pagará seu preço. E se fez uma vez, como diz o ditado, não será a primeira e nem a última.

Porém, vale lembrar que a relação de uma empresa com o ambiente não é só o impacto na natureza, os efeitos sociais de uma ação nociva são relevantes. Os empreendimentos podem mudar a vida de pessoas e os lugares onde vivem.

A responsabilidade social de uma empresa é a ação vital de posicionamento no mercado. Como a empresa quer ser lembrada, qual a relevância que traz para a comunidade onde está instalada, para a cidade onde atua. A marca, a empresa, precisa esta associada a boas práticas.

Empresas atuam de forma responsável por convicção ou aparência?

Esta é uma boa questão. E temos que considerar que as duas coisas são difíceis de serem separadas. Por mais que, por pura análise sensível, a aparência parece ser mais relevante. Ter o nome divulgado com valores morais, éticos e ambientais ajudam a melhorar a lucratividade da empresa.

Não por acaso, considere isso, há inúmeros “selos de qualidade”, “prêmios” que são distribuídos em diversas regiões do país para as empresas de atuação responsável e ética. Também considero, se você pensou nisso, estas práticas ou aparências são para “inglês ver”, enganação.

Contudo, há os que fazem por convicção e tem ações reais de mudança da vida de pessoas, comunidades e ambientes. No meio da enganação há uma realidade. No bojo dos aparentes há os que são essência. E nestes que temos que apostar e apoiar.

Você pode ser o “fiel da balança”

Nós podemos fazer a diferença em nosso comportamento ao optarmos por empresas éticas e com responsabilidade social e ambiental. Quando estamos nos relacionando com pessoas, no ambiente profissional, nas práticas diárias, no convívio pessoal, escolhas fazem toda a diferença.

Empresas devem ser escolhidas com critérios que vão além de nossa satisfação pessoal. Elas, as empresas com as quais nos relacionamos, precisam ser escolhidas pelo seu posicionamento no mercado e a forma como tratam os seres humanos, a vida de uma maneira geral.

Por isso, se você está em qualquer dos lados, empresário ou consumidor, se é os dois, neste caso não há diferenças ou posições, há ação. E ela não é algo complexo, é no dia a dia. Logo, faça a diferença.