Toda a informação te duas formas de ser abordada, pode ser pelo “copo meio vazio” ou “meio cheio”.

Veja o caso da economia no Paraná. O Estado teve um crescimento de quase 20% e sua renda per capita. Algo para se comemorar. Segundo dados do Instituto Brasil de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021 a renda per capita dos paranaenses foi de R$ 1.541,00, agora é de R$ 1.846,00.

Lembrando que a renda per capita é a soma de toda a riqueza produzida, não só salário, dividida pela população. Nossa população também cresceu. Vamos sempre lembrar que não estamos falando aqui de renda média e nem da sua divisão, distribuição.

Com estes números de renda per capita, o Estado é o sexto do Brasil. Uma colocação que parece boa. Mas quando dimensionamos os demais estados da federação com economia relativamente semelhante ao Paraná, descobrimos que o desempenho deve ser visto com cautela.

No caso do Sul do Brasil, o Estado ficou em terceiro, podemos falar em último. A renda dos gaúchos (R$ 2.087,00) e dos catarinenses (R$ 2.018,00) é maior. Exatamente no início do ano em que comemoramos a economia do Paraná ultrapassar o Rio Grande do Sul e ser da maior da Região Sul.

Um dos fatores que determinante desta condição é a participação dos agentes econômicos na produção de riqueza. Há uma parte considerável da população que vive com rendimentos baixos em relação a cadeia de geração de capital. Mais uma vez a qualificação tem relação direta com a renda.

Enquanto não ocorrer uma melhora na qualificação de mão-de-obra não haverá uma distribuição mais justa de renda.

Nas condições atuais a renda tende a se concentrar e colocar as população de menor ganho em risco. Com menor qualificação, sujeitas a condições de trabalho de risco ou a informalidade.