A formação do Paraná é única no Brasil, é um Estado de encontro. A formação de nossas fronteiras é marcada pela migração de muitas nações. O maior número de povos vindos dos mais diferentes lugares formaram o nosso Estado.
A emancipação de 1853 é o desdobramento de um Paraná tradicional que se separou da Província de São Paulo. Uma intenção marcada desde o Século XVIII quando a região litorânea teve a presença dos bandeirantes e a mineração como foco.
Os desdobramentos econômicos com a madeira e a erva mate colaboraram para um sentimento regionalista. Distante, contudo, da possibilidade de expansão. Somente em meados do Império a província se emancipou. As fronteiras mais largas do que hoje, entravam pelo interior catarinense e faziam fronteira com o Rio Grande do Sul.
As migrações se desdobram ao longo do tempo. Pelos Campos Gerais e Campos de Guarapuava, a penetração gaúcha no centro-sul e oeste. Depois, mais tarde, no Século XX a entrada dos paulistas no norte e noroeste. Assim o Paraná se desenhou.
Contudo, o Paraná rico dos índices gerais esconde uma divisão desigual e marcada pelas diferenças. Um território onde se povoa e se mede na distância as condições desfavoráveis de algumas regiões em relação ao progresso de outras. O centro paranaense ainda carece de ser integrado.
Mas, o Paraná é assim, um pouco de tudo e como o Brasil, marcado por inúmeras diferenças e injustiças. Porém, sempre único em sua formação.