Admiro as pessoas de bom-senso e as que tem lucidez. O bom-senso é a capacidade de orientar sua ação e avaliar as situações com valores ponderados. Aquele que tem equilíbrio, age com razão e controle das paixões.
A lucidez é o princípio do esclarecimento. A capacidade de compreensão ampla do que cerca. A observação que considera os elementos envolvidos e as consequências dos atos a serem ou não tomados para cada um deles.
O que se espera de um líder? Que tenha lucidez e bom-senso. Associe o equilíbrio da ação a capacidade de visão.
A pergunta é “quantos tem?”
Não são mais estes critérios que se escolhem líderes e que alguns se impõe.
Na crise descobrimos a verdadeira face de quem nos comanda, nestes momentos é que se percebe a infantilidade dos que deveriam ser adultos.
Vivemos não só uma crise de liderança, mas uma crise de caráter. Aqueles que assumem o comando de empresas e pessoas reflete o que temos de melhor ou pior.
O líder pode ser escolhido ou não. Ele pode ser fruto do sucesso de um empreendimento que iniciou, mas o próprio sucesso mostra os critérios que a sociedade considera como importante.
Ter chegado à liderança é a demonstração do que uma sociedade prioriza. O que ela considera como mais relevante e o qual deve ser o fator determinante para que alguém alcance o comando, assim o líder se consolida.
Logo, chorões ou fanfarrões, abusivos e extremistas, autoritários e desumanos, chegam ao poder porque suas práticas obtêm sucesso e acabam por ser consideradas critério para se manter no poder.
De certa forma, cada um tem o comando que merece. Para que a mudança ocorra, temos que aprender a dizer não para determinados tipos de práticas que legitima a autoridade de determinadas pessoas. Aprender a ter critérios melhores para não ter que suportar a liderança dos piores.