Governo do Paraná pretende privatizar a Copel, a Companhia Paranaense de Energia Elétrica. A intenção é transferir o controle da empresa para acionistas e o Estado reduzir suas cotas. Ficando apenas com o poder de veto em caso de votações que venham a afetar o interesse da população e dos serviços prestados.
A privatização da estatal de energia é um interesse que já ronda os governadores paranaenses há um bom tempo. Muitos ensaiaram a medida e agora o governador Ratinho Júnior resolveu abrasá-la.
A privatização de empresas estatais em si não é um mal negócio, o problema é a forma que se dá e quem seriam os beneficiados. Quem sai ganhando com as medidas, que no Brasil, geralmente não é a população. É só lembrarmos dos anos de pedágio e o preço que os paranaenses pagaram pelo serviço.
O atual governador que foi reeleito com praticamente dois terços dos votos, acredita que seu crédito nas urnas ou habilita para esta medida e não terá dificuldade de colocar a medida em prática.
Inclusive, a privatização da estatal já está em um pacote de medidas que estão na Assembleia Legislativa e se espera sejam votadas esta semana. Na Comissão de Constituição e Justiça houve um pedido de vistas ao processo e ele foi tirado da pauta.
A oposição se mobiliza para tentar conter o pedido de privatização com uma medida de Ação Popular. Os funcionários da estatal já foram a Alep para acompanhar e se manifestar contra a votação.
Temos que acompanhar os desdobramentos. Repito, privatizar não é um problema, a forma e as condições podem ser. A Copel é uma empresa que monopoliza um serviço vital à população. Ter o controle sobre este serviço e sequestrar os paranaenses caso a intenção seja exclusivamente a lucratividade a qualquer preço. É necessário colocar nos contratos meios de garantir a eficiência da empresa e o atendimento a população se especulação.
Por isso, temos que acompanhar a votação desta medida de perto.