Eles existem e estão crescendo
Você já imaginou, ir ao pronto atendimento de um plano de saúde ou hospital, ir a um posto de saúde e ser atendido por um robô? Pense, acessar um contato no Whatsapp e ter uma inteligência artificial (IA) falando com você e personalizando o atendimento? Um equipamento que faça a triagem, dando uma primeira avaliação no seu estado de saúde?
Este equipamento já existe e se desenvolveu durante a Covid-19. Uma empresa dinamarquesa criou o primeiro “médico artificial” para fazer avaliações do paciente. A Corti é uma startup que cresceu no ramo de saúde e usa um software próprio para o atendimento.
O sucesso do equipamento e da plataforma é significativo e deve sofrer este ano um aporte de US$ 60 milhões. A empresa atende 100 milhões de pacientes por ano, com mais de 150 mil consultas diárias.
Os “médicos artificiais” são eficientes
O resultado de produção da IA da saúde, ou o “médico artificial” gera um aumento de 40% no potencial dos atendimentos e se for usado como meio de seleção dentro da gestão da saúde, pode ter uma eficiência de 90% a mais do que com seres humanos operando o sistema.
A Corti não está sozinha no mercado, ela já tem uma concorrente francesa, a Nabla, que adaptou o uso do famoso OpenAI GPT para suas operações. E está tendo sucesso como plataforma de suporte a empresas do setor de saúde.
Claro que os profissionais de saúde olham com desconfiança a IA usada no setor, no atendimento aos pacientes. Eles alegam que os procedimentos feitos têm uma margem de erro que pode colocar em risco a vida dos pacientes ou não dar um quadro preciso do problema, fazer um diagnóstico adequado.
Quem não deve não teme
As questões são: “Os médicos têm feito com eficiência os atendimentos?” Os profissionais que se sentem ameaçados pela tecnologia que a Inteligência Artificial representa seriam capazes de superá-la como diferenciais significativos de confiança? Estas são questões importantes de serem respondidas.
Vivemos o sucateamento de profissionais e profissões. O conhecimento aprofundado sobre determinadas áreas se perdeu e deu lugar a conceitos superficiais, não é só na área de saúde, mas em diversas outras.
A questão não é até a onde a Inteligência Artificial pode chegar, mas até o ser-humano está deixando de ir.