Imagine a cena de guerra, de conflito, de violência desmedida. O ambiente de destruição da vida humana onde o caos quase sempre se estabelece. Neste locais, o trabalho de uma vida inteira se destrói. São nestes momentos que percebemos a fragilidade do que somos. As nossas certezas e garantias, que nos períodos de paz parecem eternas, em tempos de crise e guerra viram papel molhado que no simples toque se desmancha.
São nestes tempos de ira que muitos dos seres humanos despertam em si o instinto. A busca pela sobrevivência, daquilo que considera necessário e fundamental se aflora. Assume o controle de nossa consciência. Acaba por nos fazer agir muito próximo do que se condena. O egoísmo, imediatismo e ganância viram argumentos de sobrevivência. A frase na qual se sustenta e é lembrada em tempos de terror é “Cada um por si e Deus por todos”.
Durante os conflitos, principalmente os civis. Há sempre quem se aproveita para usar do caos e a fragilidade das leis para atacar o inimigo. Usa do extermínio para eliminar seus desafetos e colocar a culpa na onda de violência e caos que nos assola. “Lavar as mãos” como um tal pilatos para não ter que assumir a culpa de seus próprios atos.
Quando ligo a televisão para me distrair encontro em destaque as produções cinematográficas da semana, em regra as histórias de “super heróis” vingadores e destruidores. Exaltasse o aniquilador que combate para não ser aniquilado. O justiceiro humano tem músculo e não cérebro. Sua linguagem é a mesma da agressão que deseja revidar e clama esta prática como “justiça”.
Então quem é o herói? Quem é o bom homem que preserva a vida? A resposta é o solidário. Aquele que reconstrói em meio ao caos. O que busca apontar para o caminho do respeito ao que uma crise deve preservar, a superação. A resposta não está na destruição e sim na construção e reconstrução de possibilidades. A resposta não está em sentar a beira do caminho e lamentar eternamente os mortos. Muito menos em conclamar a vingança de quem os aniquilou, mas de lutar pela manutenção da vida, evitar mais perdas aprendendo com os erros, para que nenhuma pessoa tenha morrido em vão.
Parabéns a todos que praticam a solidariedade, que buscam respostas e que lutam e preservam a vida! Estes são os heróis que devem ser lembrados. Se há esperança, está nas mãos destas pessoas.