Dom Hélder Pessoa Câmara, pronunciou uma frase que se faz importante nestes tempos que estamos vivendo, "Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo; quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista".
O líder católico soube expressar de forma pontual e assertiva a mente imbecil e pouco esclarecida expressa em falas e atos que se multiplicam no país. Os julgamentos que se faz sem ter critérios ou entender o que está acontecendo.
A conduta de alguns seres humanos em uma sociedade carente de racionalidade amplia a confusão e a incerteza. Há pessoas que desconhecem as condições que geram suas vidas. Tem uma compreensão limitada do que os cercam, da história por de trás de sua existência. Uma desinformação sobre as condições que se geram sua vida na sociedade.
Na formação do país se simplificou a realidade com condutas de bons e maus. Se fala como na religiosidade cristã e sua lógica corrente mais comum, que há o injustiçado e o justiceiro. O santo de boa conduta, apedrejado pelos maus feitores que lhe querem tirar o poder de salvar os brasileiros.
Assim foi no messianismo que se formou em tantos lugares do Brasil onde nasceram os santos que lideraram multidões na luta pela terra, na luta pelo prato de comida, das migalhas, da titularidade de “pai dos pobres”. As caricaturas políticas de fala populesca e caricaturescas. Amamos a identificação carismática e nos perdemos da razão das coisas.
Até quando vamos usar critérios místicos e religiosos, falsos e insustentáveis para avaliar atos de poder e ações de desmandos que em vez de nos livrar da dor, nos afunda cada vez mais na miséria de sempre.
Vivemos chamando os que praticam filantropia de santos. Ajudas como bolsas família e subsídios para a manutenção da permanente miséria. Não é comunista quem pergunta por que da existência dos pobres e sim, merecem respeito quem pratica ações para tirar os miseráveis desta condição. Não com retóricas messiânicas, mas com um projeto concreto e objetivo para o país.