Nem sempre se tem a ideia do quanto a natureza se altera com nossas ações. O ser humano é predador em sua essência. Somos capazes de transformar a natureza para atender às nossas necessidades. Isto está na nossa origem. O quanto a alteramos? Muito, na sociedade de mercado. A proporção de nosso desenvolvimento é expresso na alteração do ambiente.
Hoje, colhemos as consequências dessas alterações que foram promovidas ao longo da história da humanidade e, principalmente, nos últimos dois séculos. O desenvolvimento da sociedade industrial acelerou a necessidade de recursos naturais. Esta condição é incontestável. Como também é indiscutível o ciclo que a natureza tem. O Planeta é um organismo vivo, fazemos parte dele, mas não somos tão determinantes ou eternos como imaginamos.
A Natureza dá sua resposta ao longo do tempo. Por sinal um tempo em extensão bem maior do que o nosso. Somos uma espécie recente na Terra. Chegamos depois de fizemos nela uma alteração significativa. Somos uma ferida que com o tempo será cicatrizada por nós ou pelo próprio Planeta em sua jornada. Há uma lógica inteligível no ciclo que o ambiente natural propõe.
Logo, preservar ou não está muito mais no debate da nossa própria espécie. O que vamos fazer com a nossa vida enquanto humanidade. Queremos permanecer ou perecer? Esta é a principal questão. Isto define o nosso papel na terra. Deveria ser nossa orientação para aquilo que estabelecemos com a natureza. Poderíamos utilizar a nossa inteligência para resolver a questão.
Por isso, considero que falta conhecimento. A grande maioria de nós entra em um debate sobre o meio ambiente sem perceber a complexidade do tema. Não é uma questão de alterar, mas como se altera. O que preservar e como se preserva, assim como, o sentido de preservar. O que é prioritário na busca de ter uma relação de longo prazo com o meio ambiente? Sem uma resposta qualitativa a esta questão, não vamos a lugar algum.