Agora começam a confundir nossa cabeça. Falam de que líderes podem exaltar o extremo e propagar a ideia de que estão acima das leis e das instituições. Que isso é democrático. Não é!
A permissividade tem um preço perigoso, o de destruir a possibilidade de convivência, de estabelecer o ambiente onde a mudança possa existir com a matéria prima fundamental para que ela ocorra, a divergência. Ninguém pode estar acima disso.
Logo, Donald Trump como qualquer outro, tem limites. Ninguém está acima da lei ou da ordem. Um pai que insulta um filho, espanca o irmão na frente dos demais membros da família, requer ser colocado limites.
Fazer ameaças requer punição. Seja quem for que exalte a violência é cúmplice da ocorrência que inspira. Quem pede ou inspira a “invasão”, “quebradeira”, “agressão” e insita bloquear o que é legítimo e legal funcionar está contrariando um estado de direito, alicerce da liberdade. Não pode passar impune.
Se Dilma Rousseff foi impedida, se Lula foi preso, os donos da Odebrecht foram para a cadeia, assim como muitos outros, isto foi legítimo. Se querem questionar, contrate seus representantes legais, faça valer seus direitos pelas vias legítimas e busque defender seus interesses.
Não pense que esta lógica vale apenas para as questões do poder, da governabilidade, vale também para a nossa vida. Por mais que não existam leis que venham a reger o que é costumeiro, do nosso dia a dia, o que se espera o senso e o bonsenso. Para tudo há limite. Isto nos faz uma sociedade civilizada.
Repudio quem confunde liberdade a prática da violência e da ameaça aos outros, Cria a possibilidade de colocar a própria condição de colocar a liberdade em risco.
A grande virtude da sociedade é sermos conflituosos e imperfeitos. Por isso, avançamos tanto na busca de rompermos a zona de conforto. Superamos os desafios e oposições, tanto quanto, temos que nos aperfeiçoar constantemente. São as nossas conquistas expressas na quantidade de problemas superados e na nossa capacidade de superá-los.