Ainda me lembro do fim do expediente e as pessoas se deslocando para os pontos de ônibus ou pegando suas bicicletas para voltarem para casa. Um mar de seres humanos saindo das empresas e indo para um destino comum.
Meu trabalho como office-boy, acredito que ninguém tenha mais esta função hoje em dia, me fazia enfrentar filas enormes nos bancos, empresas com ambientes imensos, empilhadas de pessoas do outro lado do balcão.
Hoje os bancos estão na “palma da mão” e as agências estão desaparecendo ou encolhendo.
O que aconteceu, onde foram parar tantas pessoas?
Uma das respostas está no uso da tecnologia. A intermediação entre as necessidades humanas e a produção de bens e serviços tem a presença cada vez mais da Tecnologia da Informação e a sua correlação maior, a Inteligência Artificial (IA).
Em três décadas ocorrera mudanças intensas.
Uma pesquisa da Dellotte, empresa de consultoria, mostra que 70% das empresas usam TI com forte carga de IA. Mais que isso, 30% pretendem aumentar o investimento.
Dados da mesma pesquisa, com 501 empresas que representam 21% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mostra que a adoção de IA tem se tornado uma tendência estratégica para ganhar competitividade diante da inflação e juros altos, reduzir custos.
Voltando ao que me lembrei no começo, em comparação com nossos dias. As empresas diminuíram, nos ambientes das grandes empresas. Muitas demitem hoje.
Mas, me impressiona na proporção inversa o crescimento de ambientes de consumo sofisticados e a quantidade de ofertas de produtos, por todos os lados. Também, na mesma palma da mão, nos aparelhos móveis, em que os bancos se comunicam.
Parece que nosso destino um dia foi o trabalho e agora é o consumo. E a Tecnologia da Informação e a Inteligência Artificial tem tudo a ver com isso.