Não é segredo para ninguém a crise que o transporte coletivo vive, mesmo antes da pandemia. A condição se agravou durante as medidas de contenção da Covid-19. Todos sabem que os ambientes dos ônibus e metrôs são de risco. Difícil conter a aglomeração no modal que é de uso da população mais carente.
Para piorar a situação, a queda de usuários se acentuou nos tempos de pandemia. Em média, a redução dos que usam o transporte coletivo foi de 70%. Em algumas cidades brasileiras chega a 90%. Todos os envolvidos sentem o peso da crise instalada.
Qual seria a solução?
Não podemos jogar fora uma solução para o futuro por causa de uma crise momentânea e por mudanças no ambiente urbano. O transporte coletivo precisa se propagar como opção para a maioria dos segmentos sociais. Claro que para isso, ele precisa mudar sua oferta de serviços e condições de funcionamento.
A pandemia vai passar e irá necessitar de medidas mais assertivas na questão da mobilidade urbana. A redução do número de acidentes seria significativa se tivéssemos a maior parte das pessoas optando por um modal mais seguro e com menos exposição das pessoas a acidentes.
Precisamos tratar da questão com cautela. Ser imediatista tem seu preço. O pior deles é jogar fora uma viabilidade urbana por causa de reflexões limitadas ao momento. Temas relevantes se agravam se não são tratados de forma adequada. O transporte coletivo é uma delas. É preciso refletir.