Chegamos a última semana antes das eleições. Tudo indica que a defesa de uma terceira via realmente não parece decolar e a disputa ficará mesmo entre Lula e Bolsonaro. E nesta semana, os dois candidatos devem fazer de tudo para fecharem a conta no primeiro turno, porém, com fortes chances de termos um segundo embate entre os dois candidatos.
Independente do resultado, o que me preocupa é que foi uma disputa, pelo menos até aqui, se proposta. Uma briga insana para desmerecer os concorrentes e apontar os males que cada um tem e que são denunciados pelo concorrente o tempo todo. Ofensas ganham destaque. O país vive a necessidade de propostas e o que se tem é uma briga onde as duas partes jogam pedra nos telhados de vidro dos dois lados.
Os candidatos que fizeram propostas e defenderam ações de governabilidade ficaram pelo caminho e estão lá atrás nas pesquisas. Não terão chance, diante de um país que pensa da mesma forma escolhendo candidatos diferentes com lógicas parecidas, revanchismo e saudosismo.
Parece que estamos diante de um país movido pelo sentimento de busca de uma saída milagrosa. Sempre a espera do santo salvador e seu milagre. O messianismo de sempre, onde o “herói” demagogo venha nos redimir. Ainda temos uma forma de compreender a liderança precária e limitada, pouco representativa. Por isso, considero que o Brasil não é um país conservador, mas, ignora sua realidade.