Violência não leva a nada
Imagem ilustrativa/Pixabay/domínio público

Opinião

Violência não leva a nada

Por Gilson Aguiar em 09/09/2020 - 09:07

Quem não agrediu e não foi agredido? Todos temos uma experiência com a agressão. Ela não é boa. As agressões podem ter a melhor das intenções, mas nunca vão gerar soluções. Elas agravam problemas e expressam uma maneira de tratá-los que se usada como condição permanente se traduz em hábito. Não por acaso, os que nasceram em ambientes agressivos tendem a ser pessoas agressivas. 

É sempre é bom lembrar, que o agressor tem seus interesses. Toda ação é uma busca de realização de algo, seja imediato ou em longo prazo. Há os que se tornam agressores por questões pontuais e momentâneas. Quem não agrediu e logo depois se arrependeu. Pediu desculpas. Um ato normal e comum.

O grande problema são os agressores permanentes. Aqueles que fazem da agressão um hábito. Os que demonstram efetivamente que precisam agredir para conseguir se impor ou existir. É a agressão a sua principal linguagem com o mundo que o cerca. Agredir lhe dá a certeza de se impor, ser singular eliminando os que estão a sua volta. 

Ninguém conquista respeito por medo. Não há como conviver eternamente com a violência. Todo o regime que se impõe pelo ódio será cultivador do mesmo ódio que o levará a ser destruído. A raiva costuma alimentar-se de si mesmo e propagar para as pessoas o sentido de sua destruição. 

Na sociedade atual há os que defendem a violência como meio legítimo de garantir a paz e a convivência, gerar harmonia. Um engano letal. Este é o terreno onde o radicalismo cresce os opostos se consideram no direito de agir como bem entendem. Não vamos conseguir avançar desta forma. Ficaremos alimentando o radicalismo agressivo sem que o diálogo necessário para a construção de soluções duradouras seja construído. 

Por isso, não aposte na violência como saída. Não cultue o ódio. Não considere que o radicalismo é a melhor forma de expor uma ideia. Esteja aberto ao diálogo, saiba quando é necessário ouvir, entender os opostos para poder ser ouvido e demonstrar que há várias formas de se perceber uma mesma realidade. Afinal, conhecer a verdade é estar aberto a enxergá-la por todos os lados. 

 

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