Como entender o momento que estamos atravessando? Deveríamos ser mais atentos e curiosos sobre o que nos move, ir além da aparência, desta sensação imediata que a vida traz e que nos faz julgar precipitadamente o que nos cerca.
A grande maioria das pessoas prefere ficar com este julgamento imediato mesmo, não buscar entender os fatores que determinam suas vidas. Vai da “mão para a boca mesmo”. O caminho se faz de um dia atrás do outro para parte considerável dos seres humanos.
Por isso, o que estamos vivendo hoje é o resultado desta vida mal medida e de atitudes desmedidas, dos excessos cometidos, da lógica infantil.
O fanatismo cego ganha força neste ambiente. Acreditamos em mentiras por pura conveniência, nos agrada. Quem precisa viver a verdade se ela é uma condição perturbadora, esta agora é a “regra dos tolos”.
A verdade parece ser um monstro, que se encarado de frente seria insuportável. Há os que preferem ver a verdade pelo espelho retrovisor e outros fingir que ela não está em sua frente.
Neste momento, o que precisamos mesmo são de pessoas que consigam encarar a realidade e entende-la o mais profundo que se puder. Necessitamos de quem não se deixa levar pelas aparências e busque a essência nos que nos cerca. Precisamos realmente é de adultos.
Falo de adultos porque este mundo está dominado pela infantilidade levada a sério. E ninguém está no playground para passar o dia “fazendo de conta” que a realidade não existe e brinca com a vida.
Quando observo o comportamento das pessoas enraivecidas por uma frustração, derrota ou por uma adversidade qualquer, vejo uma criança mimada que esperneia aos berros por não conseguir o que queria.
Há um filme da Disney, “Querida estiquei o bebê”, uma comédia que expressa o drama contemporâneo, um bebê gigante. A criança pode tudo e com o poder que tem, o de fazer um estrago imenso. Com sua lógica infantil, coloca nossas vidas em risco. Quantos bebês estigados estão por aí?